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O fruto nunca cai longe da árvore!

Esse ditado popular é mesmo interessante e nos faz pensar no quanto o meio em que vivemos exerce influência sobre o nosso desenvolvimento. Mas claro que somos seres inacabados e vamos assimilando características aqui e acolá, pois caímos da árvore e continuamos rolando por aí.


Mesmo que sejamos super parecidos com a família, cultivamos as nossas particularidades e também nos identificamos com pessoas próximas, para além dos laços consanguíneos. É o caso da relação entre padrinhos e afilhados. Muitas vezes, brincamos que nossos afilhados são tão parecidos conosco que poderiam até ser nossos próprios filhos. É uma afinidade que só!



Isso não é raro, mas precioso sempre que acontece, e a história da Manuela Gaspar, carinhosamente conhecida como Manu, é prova viva desse ditado. Tudo começou quando os astros alinharam os caminhos de duas moças, a Vada e a Margot. Por essas coincidências da vida, elas se conheceram quando prestavam o vestibular para a faculdade de Letras e, de lá para cá, passaram a ser grandes amigas. Com o nascimento da Manu, filha da Vada e do Orlando, os Labriolas tornaram-se padrinhos dela. E, diga-se de passagem, eles fizeram questão de mimar e acompanhar de perto a caminhada da afilhada.


A Manu foi crescendo e passou a encantar-se pelo trabalho de ourivesaria do "tio Gê". Sempre que visitava os Labriolas, gostava de observá-lo na bancada e não escondia sua curiosidade. E, como o lema com os padrinhos é o mesmo (não basta apadrinhar, tem que participar!), tia Margot e o tio Geraldo acolhiam todas as perguntas e explicavam o passo a passo no Ateliê.


A Manu continuou crescendo na mesma velocidade do seu interesse pela ourivesaria, e conseguiu convencer os padrinhos a lhe proporcionarem uma experiência monitorada na bancada. Ela ficou deslumbrada ao criar sua primeira joia, aos 9 anos de idade: uma peça recortada com seu nome.



Se o primeiro amor nunca esquecemos, com a primeira joia acontece o mesmo! Aquela vivência serviu para aguçar ainda mais sua vontade de mergulhar no universo da joalheria artesanal, e a Manu passou a visitar os padrinhos no Ateliê com mais frequência. Entretanto, ela não tinha idade para trabalhar na bancada regularmente, então ficava mais nos bastidores, com direito à pensão completa da tia Margot!



Finalmente, a criança tornou-se uma adolescente talentosa e criativa, assegurando sua bancada no Ateliê dos padrinhos. A cada visita, levava consigo uma peça nova e muito mais experiência. Hoje, jovem adulta, está oficialmente inscrita no nosso CURSO DE JOALHERIA ARTESANAL, sem deixar de receber os mimos dos Labriolas.



Para a Manu, a ourivesaria é uma atividade manual e artesanal encantadora. O olhar atencioso e o gosto pelas artes influenciaram também sua escolha profissional. Atualmente, ela faz faculdade de arquitetura e urbanismo no Mackenzie, em São Paulo. Mas ela é categórica: quer desenvolver-se na ourivesaria e reconhece que sua curiosidade na área foi plantada vendo o tio Geraldo trabalhar no Ateliê.



Ela se considera uma pessoa apressada e impaciente, com mania de querer fazer as coisas rapidamente para ver o resultado logo. Mas nada melhor do que o processo de solda para lhe impor outro ritmo. Manu vem aprendendo que é importante cultivar a atenção plena. Caso contrário, como ela mesma diz: "No fim, demora o dobro do tempo, pois tem que soldar várias vezes até conseguir de fato ou, se a peça fica torta e com marca de alicate, tem que dar acabamento várias vezes".




Isso mesmo, Manu! Continue superando os desafios da bancada e aprimorando suas habilidades. Temos a certeza de que muitas oportunidades continuarão florescendo em sua trajetória, pois conhecemos bem suas raízes.


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